domingo, 18 de janeiro de 2009

A MINHA DEGRADAÇÃO = Borracheira na Feira do S. Martinho= VIVI A MORTE.Associações de Doentes Alcoólicos Recuperados ou Tratados

A MINHA DEGRADAÇÃO :-
COMA ALCOÓLICA E ALUCINAÇÕES-
NÃO FOSSEM ESTES SÉRIOS.AVISOS?!....
SEGURAMENTE JÁ ESTAVAS LÁ
Lutava desesperadamente para tentar parar,. pois o estado calamitoso em que me encontrava não me dava margem para que aquela situação se mantivesse por muito mais tempo.
Não tinha discernemento para poder avaliar a grave situação em que me encontrava.
Quando em curtos períodos de raciocinio, ainda evemente avaliava a situação. Desesperava porque querer parar e não conseguir.
Esta intênçã, era sustentada por muito pouco tempo. A minha dependência apressadamente me obrigava a consumir mais e mais.
A partir de determnada altura, tudo começou a acontecer num ápice. Sucediam-se os acidentes,(Esmorradelas) fosse por falta de equilibrio,por inconsciência, ou por outroo ter de ser qualquer.Certo que tudo de mal acontecia com uma rapidez incrível. Aconteceu a entrada em Coma Profunda, começaram as alucinações.
Numa dessas alucinações, intertiorizei; e vivi este drama:- Uma Ponte de Nogueira da Regedoura tinha caído e eu tinha ído junto, dentro do Carro. Mergulhamos no Riacho e teria Morrido Afogado. Vivi como real este pesadelo horas intermináveis, foi um sofrimento horrivel. Crimanava-me por ter contribuído com o excesso da bebida para que tal tivesse acontecido. Criminava-me por não ter parado de beber. Não ter assumido a responsabilidade de Educar as minhas Filhas. Foi um sofrimento terrivel.
Mas acredito, que estes sérios avisos, terão contribuído, para um juntar de forças,com as quais me foi possivel tomar a iniciativa de me dirigir a um Médico e lhe propusesse e pedisse que me ajudasse, porque me pretendia tratar.

Era um Jóvem Médico e ainda inexperiente, mas perante a minha insistência, aceitou em boa hora oo desafio.

INCOMODA-ME SEMPRE ALGUÉM ME ABORDA (E FELIZMENTE NÃO SOFREU NA PELE ESTA TENEBROSA DEPENDÊNCIA), MAS PRETENDE IMPÔR-SE COMO CONSELHEIRO.

CITAR EXPERIÊNCIA NÃO É O MELHOR EXEMPLO, MAS O ÚNICO
A RESPOSTA NUNCA SE FAZ ESPERAR DA MINHA PARTE. PROCURANDO ILUCIDAR
Não tenho, nem devo, porque ter vergonha do meu passado, do tempo em que estive mergulhado na dependência alcoólica.
Se consegui juntar forças, determinação e coragem para de lá sair. Seguramente, não o consegui sózinho, pois quando me tornei abstinente, a caminhada foi longinqua e enormemente sinuosa. Neste percurso,nem sempre me apercebi delas na ocasião,mas mais tarde acabei por descobrir que elas aconteceram das formas mais variadas,e que todas elas foram contribuítivas. Como tal, tenho de procurar ajudar a incutir a quem está em situação em que já estive, a o procurar ajudar a prevenir. Alertando para evitar que se deixem arrastar quem para lá caminha.Alertar para que parem de beber exageradamente.
É um dever nosso, procurar ajudar e assim seremos ajudados.
Estas ajudas recíprocas, serão sempre preciosas.
Nunca devemos esconder esse nosso passado escuro e tenebroso. Ao fazê-lo estamos seguramente a contribuír para que muitos não venham a mergulhar na mesma Lama, que um dia já foi nossa (DEPENDÊNCIA).
Que nos priva de viver e nos obriga a vegetar.
Passamos de um ser Humano racional a um Monstro irracional.
Sofremos Imenso e como se não bastasse, fazemos sofrer os nossos familiares e quem nos quer bem ainda muito mais.
Evitar que não venham a passar pelo sofrimento a que estivemos sujeitos.
Se ao transmitir os nossos testemunhos eles virem a dar algum contributo.
Para um Doente Alcoólico Tratado, é a maior a recompensa que ambiciona poder vir a receber.

QUANDO SE BEBE EM DEMASIA, ESTAS E OUTRAS CENAS AINDA MAIS GRAVOSAS ACONTECEM.

UM NEGÓCIO COM A BORRACHEIRA NA FEIRA DE S.MARTINHO EM PENAFIEL

Certa vez no S. Martinho
Com a fartura do Vinho
Mau negócio que eu fêz
Comprei Vaca, saíu Bói
Tive de lá voltar outra vez

Quando lá á Feira cheguei
Logo com o mesmo Senhor dei
Logo um grande berburinho
Agarrei-o logo pelo Pescoço
Mas tem paciência Moço
São coisas do S.Martinho

Desfiz então o engano
Com esse mesmo Fulano
Que se chamava Ventura
Deixamos de andar á rasca
E voltamos para a Tasca
Beber mais e á fartura

Eram copos e mais copos
Já sorriam os Cachopos
De ver nossas posições
Tanto eu como o Ventura
Com a fralda á dependura
Que bom par de borrachões

Começam a haver sarilhos
Com a força dos quartilhos
Embora muito mal medidos
Mas nisto oiço uma vós
Que veio bedm até nós
Estes dois estão perdidos

Já de fraca catadura
Despedi-me do Ventura
E saí ao Zig-Zag
De repente vem um murro
Oiço dizer está seguro
Não vai daqui sem que pague

Tinha deixado a Vaca
Preza a uma estaca
A um cantinho da Feira
Mas o raio da Canalha
Que nessa Feira não falha
Também fez sua brincadeira

Agora que vejo eu
Ó meu Santo Deus do Céu
Mas que grande desalento
A minha Linda Vaquinha
Não está lá coitadinha
Mas sim um velho Jumento

Tentei pôr tudo em cacos
Mas apanheddi dois sopapos
E eu com minha razão
Alguém disse cdena feia
É metê-lo na cadeia
Esse grande borrachão

Com a cabeça toldada
Não esperei por mais nada
Tratei foi de vir-me embora
E quando de regresso sózinho
Quantas vezes pelo caminho
Vi chegada a minha hora

É feio ser-se borracho
Mas é defeito que acho
Agora com mais juizo
Ser alegre e sorridente
Que o seja toda a gente
Borracho não é preciso.
Obrigado Saudoso Amigo Ricardo Sousa e António Monteiros = 2 Rimauenses
Nestas histórias de entrar Jumentos em cenas em que o excesso de álcool nos leva a determinadas brinacadeiras ou aventuras irresponsáveis que só descontrolados pelo excesso, nos levam a praticá-los. Recordo-me um belo dia na Festa dos Rojões nos Altos Céus um grupo de Amigos de Copos decidiram levar o Burro e a Carroça, depois de levarem o Burro a beber pela Caneca a sua parte do Vinho. Deram a volta ao arraial a Banda de Melres que se encontrava a actuar, mediante aquele espectáculo mediático, começaram a rirem-se e tocar um de cada vez, voltaram a S. Paio de Oleiros de onde eram e tinham partido e ainda hoje estão para saberem como e a que horas chegaram a casa.
Um belo dia já carregado na antiga Loja do Frade na Bessada em Nogueira da Regeoura pedi ao Ti Chico da Burra se me deixava dar uma volta na sua Égua. Não sei bem como mas consegui montar, comecei a obrigá-la a galopar cada vez com mais força, nunca tinha montado e não sabia como pará-la. Puxei-lhe as redes ela baixou a cabeça e foi toda de rasto. estou ainda para saber como não caí em cima dos paralelos. Quando regressei ele todo contente disse-me que sempre que quizesse poderia voltar a montar,confesso que foi tamanho o susto que apanhei, que jamais o voltei a fazer e apesar de me manter abstinente há já vários anos. Montar uma Égua nunca mais. Beber não Obrigado.
O que faz mal não é um copo a menos, mas sim um copo.
Seguramente que no meu caso nunca deveria tê-lo cheirado, e muito menos bebê-lo
Se tempos houve em que me ía matando hoje tudo faço para estar de bem com a vida , com a minha familia e meus amigos.