quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo!

Para todos um Ano Novo
cheio de prosperidades!
Boas entradas!!!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Saúde Mental e Corporal

Gostar de nós
A saúde mental e corporal está em não nos lamentar-mos pelo passado, nem alimentarmos problemas.

Lusitanos de Portugal Nogueira da Regedoura = Memórias

Período Crucial da Minha Vida
Foi bom. Foi muito bom. Foi Maravilhoso
Foram seguramente, quatro anos marcantes.
Ao dizer-se que se trata de um Clube criado num café, situado no Caramulo em Nogueira da Regedoura, pressupõe tratar-se de um grupo de copos, que apenas se refugia em dar uns pontapés à bola e arranjarem um alibi para dar coberutra a desacatos constantes ou provocações.
Erro Crasso!.....
Foi criado por um grupo de Jovens, que não se reviam na politíca do Clube da Terra, que optaram por irem buscar jogadores de fora, e os da casa poucas ou nenhumas oportunidades lhe eram dadas.
Havia ainda o Centro de Trabalhadores de Pousadela, mas não funcionava, ou estava fundido num único com o Relampago Nogueirense.
Também e ainda ,porque o Futebol de Salão (hoje futsal) estava em voga, e causava frenesin, com a criação deste clube a rapaziada, pode estar presente e participar em vários Torneios, o que aconteceu, com participações em Espinho, S. Paio de Oleiros e Fiães etc. para lá dos inúmeros jogos amigáveis de futebol de onze.
No período que cá cheguei, e fui convidado para Director, o Clube mantinha uma actividade regular.
Queria o Senhor Presidente Carlos Silva (Tijela) recandidar-se, mas segundo ele até desejava fazê-lo, mas necessitava de arranjar algunas tropas activas e capazes de dar outra dinamica ao clube.
Aceitei o desafio e fiquei deveras agradado com tal convite, pois ainda não havia muito tempo que tinha saído de uns dos meus maiores tormentos. Tinha deixado de beber. Este convite vinha mesmo a talhe de foice.
Depois de conhecer o nome de uns tantos membros que o Carlos tinha convidado e tinham aceite, tinha poucas dúvidas que estaria reunida uma equipa para que se fizesse invoações.
Do Dito ao Feito Foi um Ápíce!....Continua
Lusitanos parte II:-
Após as eleições, começamos de imediato a trabalhar,começamos a encher um Loto todas as semanas , a aumentar o número de Associados e a procurar ptrocinadores para as duas equipas,
Assim aconteceu, semanalmente os Lotos eram cheios




Recuperação:- Ajuda Preciosissima

Como Foi bom poder conviver e ter a confiança das pessoas.

Quando parei de beber, encontrei na Tasca da Carmélia e do Alexandre um local e um ambiente aprópriado para me esquecer do momento difícil porque passava.

Diáriamente jogava-se à ralhada, e aquele barulho infernal, que acaba por ser normal neste tipo de jogo, entrava-me pelos ouvidos e certamente se infiltrava na mente, era um comprimido que me dava alento, saía dali totalmente confiante, verdade que foram aqui os meus primeiros tempos, e juntamente com outras ocupações, funcionou em pleno.

Estava a dar os primeiros passos desde que tinha parado de beber e o Alexandre incutindo-me confiança, porque certamente acreditava, Um dia disse:- Ele não vai voltar a beber, porque a gente não deixa.

Certo que ele não percebia nada de alcoolismo, a não ser servir uns copos, mas que me ajudou e muito, lá isso ajudou. Eramos grandes amigos, porque ele é sua esposa são duas jóias de pessoas, ainda mais amigo fiquei dele, por lhe reconhecer este graciosa ajuda. Hoje sei que são estes pequenas atitudes, que nos marcam profundamente.

Café no Café do Caramulo:

Já se tinham passado cerca de três meses que tinha deixado de beber, cria respeitar os compromissos que tinha assumido de acabar os trabalhos como mineiro, tinha prometido a mim próprio e a minha Esposa que insistia para que eu abandonasse essa arte, poois estava convencida que ela teria contribuído de forma deciasiva e apressada para que mais rápidamente me tivesse mergulhado até ao fundo daquele profundo poço. Estava convenciada que a continuar naquela arte não venceria a batalha que estava a travar.

O café do Caramulo, sempre foi um daqueles cafés que gostei de frequentar, pois o proprietário era uma pessoa excepcional, mas tinham-se passado estes meses e eu sem tomar qualquer café. Nesse dia decidi lá ir tomar um, mas em vez de um acabei com o tempo por tomar três, sempre adorei e adoro tomar café, é mesmo um dos meus exageros, mas com eles meio a cambaliar, vim até ao Alexandre, sentia-me sem equilibrio e embriagado, estive ali bastante tempo, mas continuva cambaliando, dali, desloquei-me até ao café Ribeiro, queimando mais tempo, mas a coisa não passava, acabei por la´ir até casa cambaliando embora menos, mas o suficiente para que me minha mulher se tivesse apercebido que eu ainda vinha a cambaliar, a cena complicou-se, quando depois lhe cheirou a bagaço, por eu ter pousado os braços em cima do balcão e ter apanhado esse cheiro em líquído que estava em cim a do bbalcão.

Visitas continuadas:

Porque era um café onde gostava de parar, continuei, porque depois já passei a tomar café diário, o tempo foi passando e pouco depois foi-me feita a proposta pelo Carlos Silva que era Presidente dos Lusitanos e desejava concorrer de novo com uma equia renovada.

Depois de me dar a conhecer outros elementos que fariam parte da lista, não exitei, em boa ora o fiz, que o trabalho que passamos a desenvolver foi fundamental para a ajuda à minha recuperação.

Trabalho desenvolvido:

Começamos a fazer um Totoloto semanal, onde era sorteado um Presunto, sendo que em várias semanas chegamos a sortear dois, arranjamos dois patrocinadores para duas equipas de futebol de Salão para disputar o campeonato no Pavilhão de S. Paio de Olieiros, onde as coisas já não eram muito amadoras, e onde os jogos mais decisivos, o Pavilhão enchia completamente, foi ao ponto de se comprar àrbitros e oferecer bons prémios, jogadores houve até que jogavam em clubes federados que cobravam dinheiro por cada jogo. Nisto de pagar aos jogadores os Lusitanos nunca o fizeram.

Foram várias as Excursões que se realizaram e jogos de confraternização, e os convívios de Jogadores, Directores, Associados, Amigos e suas familias foram uma grande mais valia, amizades cimentadas e que ainda hoje perduram.

Fo maravilhoso para mim ter servido os Lusitanos e foi muito ais o que recebi naquela altura difícil da minha vida, do que aquilo que dei. Mas seguramente que foi aqui que aprendi que partilhar é um dos trunfos mais valiosos dos recuperados e não fora e sta lição de vida e nunca teria guiado a minha conduta por uma via solidária.

Certo que quando saí deixei no clube muitissimas Taças, equipamentos e mais de setecentos contos, posteriormente o clube veio a acabar por alguns dos seus Directores terem decidido irem salvar o Nogueira, quando outros o tinham abandonado e emprestaram ao que consta mais de 500 contos. Os Lusitanos estiveram inactivos durante vários anos e houve quem houvesse quer reativá-lo, tendo como primeiro objectivo exigir ao Relâmpago o dinheiro. Com muita saudade dos Lusitanos, mas convictamente direi que os Lusitanos são história do passado e que o dinheiro que foi entregue ao Relâmpago para a Formação foi a melhor solução, e não é aceitável que se lhe vá exigir esse dinheiro.

Se alguém pretender fazer de novo este ou outro clube que criem as condições para avançarem, que o façam, mas auto-financiando-se.

Devo esta aos Lusitanos, não escrevi este testemunho como saudosista, mas como prova de reconhecimento de quanto válido foi no tempo em que tudo durou. Estes quatro anos em que lá estive foram maravilhosos. A melhor prenda que poderia dar a quem confiou em mim era manter-me abstinente. Felizmente venci.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

MOVIMENTAÇÕES DE VIGILÂNCIA PARA MANTER A MENTE LIMPA UM DIA DE ROTINA DE DOENTE ALCOÓLICO.

SENTINDO O PULSAR DA ABSTINÊNCIA.
Os meus vinte e três anos de abstinência, não me dão nem nunca me pederiam dar um estatudo de previligiado em comparação com um recem recuperado, no que respeita a principios que ambos terão de respeitar:
1º- Tem um e outro de saberem , que para manterem a lucidez de saber resistir àquilo que é veneno fatal (a ingerência de àlcool).
2º= Um e outro terão de saber dizer não e dizer sim a toda a hora e sem medo de outros
imponderáveis, ou mesmo retaliações. Ambos temos o mesmo inimigo comum (o àlcool)
3º- Em todos os outros casos abstinência é exigivel no mesmo grau a ambos.
4º- É fatal, pensar-se que por não ingerir-mos bebidas há muitos temos vantagens.
5º- Sabendo-se que até aos dias de hoje não foi conseguido independentemente dos anos que
levamos de abstinência conseguir que se volte a beber regradamente.
6º- Conta para este fenomeno, que a doênça é irreversivel, consegue-se controlá-la, mas não
irradiá-la, este desafio é motivante para que o nosso dia a dia seja mais apetecido.

domingo, 18 de janeiro de 2009

A MINHA DEGRADAÇÃO = Borracheira na Feira do S. Martinho= VIVI A MORTE.Associações de Doentes Alcoólicos Recuperados ou Tratados

A MINHA DEGRADAÇÃO :-
COMA ALCOÓLICA E ALUCINAÇÕES-
NÃO FOSSEM ESTES SÉRIOS.AVISOS?!....
SEGURAMENTE JÁ ESTAVAS LÁ
Lutava desesperadamente para tentar parar,. pois o estado calamitoso em que me encontrava não me dava margem para que aquela situação se mantivesse por muito mais tempo.
Não tinha discernemento para poder avaliar a grave situação em que me encontrava.
Quando em curtos períodos de raciocinio, ainda evemente avaliava a situação. Desesperava porque querer parar e não conseguir.
Esta intênçã, era sustentada por muito pouco tempo. A minha dependência apressadamente me obrigava a consumir mais e mais.
A partir de determnada altura, tudo começou a acontecer num ápice. Sucediam-se os acidentes,(Esmorradelas) fosse por falta de equilibrio,por inconsciência, ou por outroo ter de ser qualquer.Certo que tudo de mal acontecia com uma rapidez incrível. Aconteceu a entrada em Coma Profunda, começaram as alucinações.
Numa dessas alucinações, intertiorizei; e vivi este drama:- Uma Ponte de Nogueira da Regedoura tinha caído e eu tinha ído junto, dentro do Carro. Mergulhamos no Riacho e teria Morrido Afogado. Vivi como real este pesadelo horas intermináveis, foi um sofrimento horrivel. Crimanava-me por ter contribuído com o excesso da bebida para que tal tivesse acontecido. Criminava-me por não ter parado de beber. Não ter assumido a responsabilidade de Educar as minhas Filhas. Foi um sofrimento terrivel.
Mas acredito, que estes sérios avisos, terão contribuído, para um juntar de forças,com as quais me foi possivel tomar a iniciativa de me dirigir a um Médico e lhe propusesse e pedisse que me ajudasse, porque me pretendia tratar.

Era um Jóvem Médico e ainda inexperiente, mas perante a minha insistência, aceitou em boa hora oo desafio.

INCOMODA-ME SEMPRE ALGUÉM ME ABORDA (E FELIZMENTE NÃO SOFREU NA PELE ESTA TENEBROSA DEPENDÊNCIA), MAS PRETENDE IMPÔR-SE COMO CONSELHEIRO.

CITAR EXPERIÊNCIA NÃO É O MELHOR EXEMPLO, MAS O ÚNICO
A RESPOSTA NUNCA SE FAZ ESPERAR DA MINHA PARTE. PROCURANDO ILUCIDAR
Não tenho, nem devo, porque ter vergonha do meu passado, do tempo em que estive mergulhado na dependência alcoólica.
Se consegui juntar forças, determinação e coragem para de lá sair. Seguramente, não o consegui sózinho, pois quando me tornei abstinente, a caminhada foi longinqua e enormemente sinuosa. Neste percurso,nem sempre me apercebi delas na ocasião,mas mais tarde acabei por descobrir que elas aconteceram das formas mais variadas,e que todas elas foram contribuítivas. Como tal, tenho de procurar ajudar a incutir a quem está em situação em que já estive, a o procurar ajudar a prevenir. Alertando para evitar que se deixem arrastar quem para lá caminha.Alertar para que parem de beber exageradamente.
É um dever nosso, procurar ajudar e assim seremos ajudados.
Estas ajudas recíprocas, serão sempre preciosas.
Nunca devemos esconder esse nosso passado escuro e tenebroso. Ao fazê-lo estamos seguramente a contribuír para que muitos não venham a mergulhar na mesma Lama, que um dia já foi nossa (DEPENDÊNCIA).
Que nos priva de viver e nos obriga a vegetar.
Passamos de um ser Humano racional a um Monstro irracional.
Sofremos Imenso e como se não bastasse, fazemos sofrer os nossos familiares e quem nos quer bem ainda muito mais.
Evitar que não venham a passar pelo sofrimento a que estivemos sujeitos.
Se ao transmitir os nossos testemunhos eles virem a dar algum contributo.
Para um Doente Alcoólico Tratado, é a maior a recompensa que ambiciona poder vir a receber.

QUANDO SE BEBE EM DEMASIA, ESTAS E OUTRAS CENAS AINDA MAIS GRAVOSAS ACONTECEM.

UM NEGÓCIO COM A BORRACHEIRA NA FEIRA DE S.MARTINHO EM PENAFIEL

Certa vez no S. Martinho
Com a fartura do Vinho
Mau negócio que eu fêz
Comprei Vaca, saíu Bói
Tive de lá voltar outra vez

Quando lá á Feira cheguei
Logo com o mesmo Senhor dei
Logo um grande berburinho
Agarrei-o logo pelo Pescoço
Mas tem paciência Moço
São coisas do S.Martinho

Desfiz então o engano
Com esse mesmo Fulano
Que se chamava Ventura
Deixamos de andar á rasca
E voltamos para a Tasca
Beber mais e á fartura

Eram copos e mais copos
Já sorriam os Cachopos
De ver nossas posições
Tanto eu como o Ventura
Com a fralda á dependura
Que bom par de borrachões

Começam a haver sarilhos
Com a força dos quartilhos
Embora muito mal medidos
Mas nisto oiço uma vós
Que veio bedm até nós
Estes dois estão perdidos

Já de fraca catadura
Despedi-me do Ventura
E saí ao Zig-Zag
De repente vem um murro
Oiço dizer está seguro
Não vai daqui sem que pague

Tinha deixado a Vaca
Preza a uma estaca
A um cantinho da Feira
Mas o raio da Canalha
Que nessa Feira não falha
Também fez sua brincadeira

Agora que vejo eu
Ó meu Santo Deus do Céu
Mas que grande desalento
A minha Linda Vaquinha
Não está lá coitadinha
Mas sim um velho Jumento

Tentei pôr tudo em cacos
Mas apanheddi dois sopapos
E eu com minha razão
Alguém disse cdena feia
É metê-lo na cadeia
Esse grande borrachão

Com a cabeça toldada
Não esperei por mais nada
Tratei foi de vir-me embora
E quando de regresso sózinho
Quantas vezes pelo caminho
Vi chegada a minha hora

É feio ser-se borracho
Mas é defeito que acho
Agora com mais juizo
Ser alegre e sorridente
Que o seja toda a gente
Borracho não é preciso.
Obrigado Saudoso Amigo Ricardo Sousa e António Monteiros = 2 Rimauenses
Nestas histórias de entrar Jumentos em cenas em que o excesso de álcool nos leva a determinadas brinacadeiras ou aventuras irresponsáveis que só descontrolados pelo excesso, nos levam a praticá-los. Recordo-me um belo dia na Festa dos Rojões nos Altos Céus um grupo de Amigos de Copos decidiram levar o Burro e a Carroça, depois de levarem o Burro a beber pela Caneca a sua parte do Vinho. Deram a volta ao arraial a Banda de Melres que se encontrava a actuar, mediante aquele espectáculo mediático, começaram a rirem-se e tocar um de cada vez, voltaram a S. Paio de Oleiros de onde eram e tinham partido e ainda hoje estão para saberem como e a que horas chegaram a casa.
Um belo dia já carregado na antiga Loja do Frade na Bessada em Nogueira da Regeoura pedi ao Ti Chico da Burra se me deixava dar uma volta na sua Égua. Não sei bem como mas consegui montar, comecei a obrigá-la a galopar cada vez com mais força, nunca tinha montado e não sabia como pará-la. Puxei-lhe as redes ela baixou a cabeça e foi toda de rasto. estou ainda para saber como não caí em cima dos paralelos. Quando regressei ele todo contente disse-me que sempre que quizesse poderia voltar a montar,confesso que foi tamanho o susto que apanhei, que jamais o voltei a fazer e apesar de me manter abstinente há já vários anos. Montar uma Égua nunca mais. Beber não Obrigado.
O que faz mal não é um copo a menos, mas sim um copo.
Seguramente que no meu caso nunca deveria tê-lo cheirado, e muito menos bebê-lo
Se tempos houve em que me ía matando hoje tudo faço para estar de bem com a vida , com a minha familia e meus amigos.