quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Associação de Alcoólicos Recuperados de Santa Maria da Feira

SUSPENSÃO DA RESPONSABILIDADE DE MONITOR EM TOTAL REGIME DE VOLUNTARIADO NOS NÚCLEOS DE VILA MAIOR E FIÃES.
Nos passados dia 22 e 25 de Outubro de 2008 dei a conhecer nas reuniões que ministrei em Vila Maior e Fiães, núcleos dos quais era responsável há mais de dois anos, na presença do Presidente da Direcção, fazendo-lhe entrega de uma cópia do que a seguir transcrevo na integra. Os motivos que me levaram a esta tomada de posição foram as de evitar criar um clima de desconfiança nos Doentes que assistem nestes núcleos e que na sua grande maioria eu ajudei a recuperar. Eram constante por parte do Presidente insinuações conflituosas respeitantes á minha pessoa e principalmente quando no passado Natal não aceitei fazer parte parte da Lista que ele apresentou para este mandato, apesar de ser lista única. Apesar de saber que estas suas atitudes são a repetição de outros casos que já se passaram com outros personagens. Sempre acontece quando que alguém não partilha das suas decisões e não lhe presta vassalagem. Tentara agredir com gestos e palavras, que jamais poderão ser aceites minimamente por quem semanalmente se entrega totalmente de alma e coração, sem nada pedir em troca como mais abaixo darei a conhecer. O medo que o persegue de que alguém lhe possa tirar a Presidência torna-o inconstante. Mas tudo na vida é como sal na comida. Quando é demais faz mal.
Queridos Amigos há dois dias que não servem para se fazer nada, nem mesmo se pode tomar decisões. O Ontem e o amanhã. O dia importante onde podemos é no hoje. E foi precisamente hoje que ponderei seriamente decidi e é irreversível.
Adoro viver o meu dia a dia.
Vou ter imensa pena quando tiver de morrer.
Porque neste dia vai ser aborrecidíssimo ter de deixar tudo o que amo.
A partir de hoje não vou ter tudo o que amo. Mas vou continuar a amar tudo o que tenho.
Mas antes de propriamente avançar mais , quero dizer-vos e por isso peço antecipadamente desculpa, mas que depois de ler o que tenho escrito nem mais uma palavra da minha parte, respeitante a esta minha decisão e as razões que me levaram a ter de o fazer para bem da Nossa Associação e dos seus Doentes e Familiares. Quero contudo dizer-vos que vou continuar disponível em casos que justifiquem a minha participação se bem por motivos justificados ou de força maior. Mesmo até por modificação de comportamentos.
Sempre vos disse e vocês sabem que sou pessoa de causas e não de casos e como tal nunca me serviria do que quer que fosse para alimentar qualquer tipo de polémica, independentemente das fortes razões que me assiste. Sempre foi assim por onde tenho passado, Comissões de Bem Estar na Armada, Clube de Futebol os Lusitanos Nogueira da Regedoura- Política- Autarca - Nogueira da Regedoura. Amigos da Saúde Santa
Maria de Lamas. Associação de Alcoólicos Tratados Coimbra e Centro Recreativo e Cultural de Sebolido etc. Se não o fiz , também jamais o farei.
Sabemos que existem decisões que temos de tomar que muito nos custa, mas deixar avançar é nos tornar-mos cúmplices e por vezes pagamos facturas demasiado altas. Os meus 22 anos de Abstinência incumbe-me a responsabilidade de ter já os parafusos todos apertados e no sitio certo para que decisão no momento exacto e de forma totalmente correcta. Podendo assim com as minhas decisões pautadas dar um óptimo exemplo de vida e de sabedoria do que não se deve fazer. Saber dizer e não na hora certa e com convicção, é um bem preciosos que não está ao alcance de todos. Não são fáceis estas decisões e custam-nos imenso e sei que a dor não ser anestesiada rapidamente, pois quando à anos nos reunimos bi-semanalmente com resultados palpáveis, e por claro evidente que existe uma relação de amor e estima. Mas são e servem para testar a nossa capacidade mental este assumir de decisões. Aos que ajudei a recuperar sinto imensa alegria e peço-vos que tudo façam para continuar abstinentes. Sigam o meu exemplo e não me considero herói por me manter todos estes anos abstinente. Espero isso sim continuar a viver mais alguns e continuar a manter esta mesma Abstinência 24 horas em cada novo dia. Aos que não consegui ajudar para que recuperassem que voltem sempre porque num dia de sorte irão consegui-lo. O Facto de sempre ter feito todo o trabalho em total regime de voluntariado liberta-me imenso e como tal torna a minha decisão mais facilitada ainda mais quando apenas e só ambicionei servir sem nunca me servir, mas a facilidade que desfrutei por dedicação capacidade que me possibilitaram um fácil acesso aos ógãos de Comunicação Social, deve penso eu ter incomodado demasia e criar mesmo muito receio. Nunca apresentei um tostão de gastos, fosse de papel, tinta, telemóveis, deslocações na minha viatura etc. por esta razão saio de consciência tranquila.
Mas confesso porque é de inteira justiça reconhecer que apesar da agressividade que muito cedo passou a existir somente de quem anteriomente me referi, passei e vivi horas imensamente feliz, que o saldo é para mim altamente positivo. Que comparado com o que recebi dei muito pouco. Nunca cuspo no prato onde como. Nunca digo nunca. A cruz que nós Doentes temos de carregar ao Montes do calvário é de sacrifício, mas também de tolerância e dedicação. não sou nem poderia ser pessoa de ódios ou rancores. Se o fosse não teria resistido abstinente todos estes anos. Irei continuar a procurar ser útil e procurar ajudar os que sofrem da mesma Doença que eu. A ajuda continuada é a razão da minha vontade de viver. Acordar com esta determinação é uma parte importantíssima da minha alegria diária de viver. Contem Comigo, eu Conto Convosco. Bem hajam. Valdemar (Ferreira Marinheiro)

domingo, 12 de outubro de 2008

Associação de Alcoólicos Recuperados de Santa Maria da Feira

O que sou e o que faço. Sou sócio e Monitor nos Núcles de Vila Maior e Fiães e quando posso estou nas reuniões na Sede da Associação em S.Paio de Oleiros. - Identifico-me como: Valdemar (Ferreira "O MArinheiro) sou Doente Alcoólico Recuperado em regime de Ambulatório com 22 anops de Abstinência. Tenho alguns pequenos trabalhos editados e dois manuscritos em computador. São inúmeros os artigos que já vi publicados nos Orgãos de Comunicação Social, tenho passagem pela Televisão e Rádio. Os anos que levo de Abstinência seggundo a minha convicção impõe-me um estatudo de obrgatoriedade que ttudo faça para contribuir nesta luta contra este flagelo do qual fui uma presa fácil e fui dependente sendo um Dente Alcoólico Crónico Tratado. Se em tempos me fui matando motivado prla minha dependência, hoje tudo faço para estar de bem com a vidaa. Ajudar e ser ajudado é o principal objectivo que tenhoi em cada novo dia que começo. Sinto dupla felicidade ao ver-me abstinente e assim saber que posso partilhar as minhas experiência e ajudar outros que como eu sofrem no crpo esta pesada herannça por um dia termos sido presa fáceis desta dependência. Um abraço e bem hajam quem como eu um dia se decide por parar de ingerir álcool e assim deixar de sofrer e vfazer sofrers quem nos quer bem. Lutar para viver um dia de cada vez abstinente e comno taçl com plena felicidade. Pela sua saúde não beba.

sábado, 4 de outubro de 2008

A Terceira Idade Nogueira da Regedoura

Não sei muito bem e se será por essa razão que os Filósofos chegaram á conclusão que os Inteligentes vivem sempre cheios de dúvidas. Se o amontoar de dúvidas é indicativo de inteligência, então eu apraz-me registar que sou mesmo inteligente, já que são tantas as dúvidas com que constantemente me deparo. Durante o último ano várias vezes me interroguei se algum tivesse de estar nesse grupo, o que faria para me manter activo pois são tantos os comentários e debates com os ditos entendidos ou estudiosos sobre esta matéria que até quem andar descuidado pode concluir que são tamanhas as dificuldades que o melhor mesmo é nunca integrar o grupo. Mas como diz o ditado quem as diz fica aliviado. Quem as ouve é que nem por isso. Muitas vezes é uma forma de bater no Velhinho e ganhar um dinheirito, por mim penso que é uma gravação gasta sem inovação permanente. Ou pelo melhor na maioria das vezes é um discurso gasto .Quem nasceu em 23e Janeiro de 1943 como eu, seguramente que este ano de 2008 tem direito a uma pensão que segundo eles é de Velhice. Dizia a minha querida avô Mãe Chica que velhos são os trapos. Esta Senhora muitas poucas vezes se enganava, tamanha era a sua experiência que adquirir na universidade da vida que os seus de exemplos eram praticamente testamentos. Quando me aproximava dos 65, um belo dia juntei dois amigos meus em Sebolido com mais idade e perguntei-lhes o que era a vida quando chegados a esta idade, um respondeu-me que era uma vista triste, porque ao ser reformado se perdia a alegria de ter de acordar todos os dias e sentir a responsabilidade do Trabalho. O outro que até tinha sido moço de servir em casa de um moleiro, respondeu-me que se tornava numa vida demasiada ocupada e temos tanto que fazer e deu como exemplo: que já tinha dado dois tiros de caçadeira á mais de um ano e ainda não tinha tido tempo vago para limpar a arma. Gravei estes dois exemplos. Atingi os 65 em Janeiro deixei de trabalhar em Maio e a partir daí tenho tido tanto que fazer e uma vida tão ocupada que ainda não tive tempo de mudar o balde da Ferramenta de Ferrageiro que um amigo meu me trouxe e que se encontra precisamente no mesmo local onde ele o deixou. Sinceramente espero vir a fazer um esforço para ver se ainda este ano consigo arranjar algum tempo para o guardar. Nos muitos contactos que mantenho regularmente conheço gente que já há vários anos chegaram a esta idade e que ainda mantêm uma actividade extra trabalho não remunerado com um desempenho total. Conheço outros que eram pessoas altamente dinâmicas e porque provavelmente a palavra Velhice lhes tenha entrado demasiado pesado e se calhar por complexos, hoje são pessoas que quase vegetam á espera que o dia D chegue, alguns chegando mesmo a desejá-lo. No relacionamento com ditos idosos não se nota qualquer discriminação, acontece até com inúmeras pessoas mesmos muito Jovens que se aproximam de nós quando temos um discurso motivador e querem saber e conhecer histórias do nosso tempo. Mas tudo muda de figura, quando e principalmente quem trabalha na Construção Civil ramo que conheço e que a partir dos 50 a palavra que mais repetidas vezes se ouve é a de que se anda a tirar o lugar a outra pessoa. Em consciência sabe que não, mas quem as ouve não fica indiferente. Mais quando está provado que no mundo do trabalho ninguém tira o lugar a ninguém porque para os que querem mesmo trabalhar há sempre aqui ou ali, para os que buscam emprego as coisas tornam.-se mais complicadas. Só que o trabalho fáz-se. E a Esmola dá-se. Infelismente por vezes não são as coisas assim entendidas e o que mais custa a quem trabalha a partir dessa idade, não é fazer o trabalho mas sim a qualquer coisa que se peça para fazer ouvir ele é um velho que já devia estar na reforma há muito tempo. Nãso senti esse trauma. até porque era superior a esse tipo de comentários e sempre defendi que no meu caso qse lá chegasse procurareia no limite de idade aceitar a reforma e parar queando ainda se tem muito para dar. A retirada no tgempo certo é um acto de dignidade e responsabilidade. Hoje começo melhor a compreender porque tudo na vida é como o sal na comida e quando é demais que faz mal. Saber estar ocupado é fundamental para que nos mantenhamos medntaslmente sãos e assim a data registada no bilhete de identidade serve apenas para no referênciar na idade e não para nos limitar a acção na vida. Saber viver um dia de cada vez torna-se cada vez mais fundamental, mas não menos importante é que se não pedimos para nascer tambem não pessamos para morrer e se em tempo apesar de cada caso ser um caso nos vamos matrando a aprtir de determinada altura tudo devemos fazer para estarmos de bem com a vida e assim trermos um final de vida repeleto de felicidade. Se de Velho se torna a criança eu vou adorasr ser velho porque adorei zser criança e as gratas recordações que mantenho desse tempo são um certificxado de garantia que por enquanto cá andar vou adoraar de novo voltar a ser criança. Um dia quando partir espero que se ledmbrem aque fui feliz ppor ter astingido a idade de Velhice. E se o meu Pai partir aos setenta e três para não parecer mal que o S.Pedro só mande marcar a cruz a partir dos 74. Até tudo de bom para todos. Foi um desabafo real, mas que ninguem se melindre com ele por não tem como objectivo atacar quem quer que seja apenas e só foi propósitop relatar a constatação de um facto. Quando o Marinheiro for Velhinho e acabado de Morrer ainda vai abrir os olhos sómente para vos agradecer.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

S.Paio de Oleiros Recordações do Valdemar Marinheiro

Por falta de tempo tenho vindo a adiar falar desta Freguesia que foi durante longos anos o meu ponto de encontro. Durante muitos e bons anos fui tendo a sorte de conhecer e me tornar amigo de homens e mulheres com um H e M muito grande. Desses inúmeros amigos alguns já partiram, mas estejam onde estiveram irão ficar contentes por me ver a escrever e a perpetuar as suas memórias, se bem que elas já perduram e irão continuar na mente de muita gente. Dos que já partiram de entre muitos vou referir dois que serão referências a todos os outros. Começarei por recordar o meu grande amigo e camarada Fielzinho as inúmeras conversas e a lealdade que mantinha e a fidelidade aos seus ideais tornaram-no imortal. Tinha um pequeno defeito, que era o de ser portista, mas está desculpado porque ninguém é completo e ele podia-o ser bastava ser Sportinguista. (Brincadeira como lhe costumava dizer quando ele me falava do Pinto da Costa a sua grande Paixão Clubista). Fiquei imensamente satisfeito e penso que todos que com ele tinham convivido, quando o Doutor Anthero Monteiro cumpriu o que lhe tinha prometido e o imortalizou com a publicação do livro de Poemas. O Amigo Fielzinho pela simplicidade, humildade e lealdade merecia-o como amigo dos dois obrigado amigo Anthero pelo exemplar trabalho com que fomos brindados. Outro vulto invulgar e que lhe cabe perfeitamente os atributos do Amigo Fielzinho foi o nosso Amigo e no meu caso Camarada Cunha. Este grande homem que não exitou em momento algum apostar e correr todos os riscos em defesa das suas convicções, e nem o Presidio no antigo Regime Salazarista o desviaram de continuar durante toda a sua longa vida que viveu ter defendido as classes oprimidas e marginalizadas das quais ele era oriundo. è convicção minha que por tudo o que ele fez em prol das gentes de Santa Maria da Feira e mais concretamente na Terra de S.Paio de Oleiros já merecia que o Executivo Oleirense e que peca por tardar em lhe fazer uma referência com justeza pública para que o seu busto e personalidade sirva como exemplo de homem integro que viveu nesta Vila e a adoptou como sua. Tive e tenho a honra a este homem nascido em Alenquer e apesar de ser Ateu ser meu Compadre, padrinho da minha filha Catarina Eufémia e de o ter acompanhado durante muitos anos em lides partidárias, já que comungava-mos dos mesmos ideais e muito para lá do Político sermos amigos pessoais. Tenho ainda uma enorme dívida de gratidão para com esta Vila, pois foi aqui que durante anos e quando estive mergulhado na dependência alcoólica ter sido aceite e desculpabilizado muitas vezes. Hoje continuo assiduamente nesta Vila porque desempenho na Associação de Alcoólicos Recuperados Sediada nas instalações do Antigo Hospital a missão de Monitor como Doente Alcoólico Tratado e com 22 anos de abstinência, as ligações que mantive com a Biblioteca e mantenho com a Tuna da qual sou Associado de há muitos anos a esta parte espelham o meu afecto a esta simpática e hospitaleiras terra de gentes humildes e acolhedoras. São inúmeras as histórias e ligações que tive e tenho, mas irei segundo espero as desenvolver em outra oportunidade, por mim a todos um bem hajam e contem com a minha receptividade e afectividade.