segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Junta de Freguesia de Nogueira da Regedoura- Dr. Ferreira Soares

Sendo do conhecimento público que o Executivo da Vila de Nogueira da Regedoura vai e quanto a mim muito bem segundo a minha convicção perpetuar um vulto impar da nossa freguesia sendo também uma referência digna e rara a nivel nacional e mesmo mundial, um exemplo de dignidade. Foi um cérrimo defensor das suas convicções, mesmo sabendo que pagaria com a própria vida. Pois ele sabia como ninguem que nem aos Pides nem ao Estado Novo lhes interessava só e apenas a sua prisão. Convencido Salazar que o seu abate fisíco, enterraria em definitivo os ideais porque lutava. Esta linha de pensamento de Salaszar veio mais tarde a afirmá-lo em relacção aos Movimentos de Libertação quando abateram Eduardi Mondlane, Presidente da
Este vulto é:-
Doutor António Carlos de Carvalho Ferreira Soares
(Dr. Prata "O Médico do Povo")
Nasceu em Fevereiro de 1903 em Viana do Castelo, figura querida no imaginário das gentes da Beira Litoral, por acidente minhoto, ligar-se-ía desde a infância ao fascinio da região da Ria de Aveiro, comungando com ela os segredos e esconderijos entre matos e juncais, exercitando as artes da paciente pesca á linha e montando armadilhas aos pardais.
O curso de medicina afastá-lo-ía desta existência rústica que tão querida lhe era e iria moldar para sempre toda uma personalidade.
Cativado por uma cultura humanística revelada, nas páginas da Seara Nova.
Neste meio intelectual dos Seareiros ganhou pouco a pouco a consciência social que ele próprio denúnciou.
Dedicado ao trabalho clínico. Dava dinheiro aos pobres que o consultavam para que comprassem os medicamentos que lhes receitava. Não porque acreditasse na caridade . Mas porque a justiça tardava. E ele tinha pressa da vida. De cada um e de todos.
Escreveu coisas lindas que lhe iam no coração , porque a razão lhas ditava, em linguados de papel pardo. Foram lidos a gente que de letras nada sabia. No Atneu de Nogueira da Regedoura.
Ele e o povo de Nogueira e de largos arredores, faziamcoro na Romaria da Senhora da Saúde. Ele com a sua viola Ramaldeira a cantar a Rosa Tirana. E com um cravo seu companheiro atrás da orelha.
Escreveu coisas lindas como estas: Não tomo as coisas ao trágico; aceito-as de ânimo predisposto e berm disposto, como o fruto natural dos tempos correntes.
Cerca de seuis anos viveu escondido entredd o povo, que o agasalhava e avisava dos mnímos movimentos de estranhos na áreda. Mas foi classificado pelo médico legionário "Ser o intelectual mais perigoso do Norte.
E é assim que, na manhã de 4 de Julho de 1942, é aramada a Ferreira Soares uma diabólica cilada, na figura de uma falsa doente que lhe apresenta, acompanhada de um homem, no consultório que mantinha em sua casa aqui em Nogueira da Regedoura.
E cerca das onze horas da manhã é assassinado com catorze balas de pistola metralhadora desfechadas à queima roupa. Vilmente assassinado o médico, etnógrafo, contista e critico, ergue-se como justo exemplo de sacrificios e luta, de despojamento e dignidade.
RUMEI À ESQUERDA... PARA MAIS PERTO DO POSSIVEL CONVÍVIO E ORGANIZAÇÃO DAS MASSAS POPULARES. (Carta a Camara Reys, Setembro de 1936)
Perpetuar a sua memória e dar a conhecer o seu exemplo é um dever que fica cumprido pelas gentes da nossa freguesia e de todos aqueles que se indignam contra todo este tipo de atrocidade.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Associação de Doentes Alcoólicos Recuperados de Santa Maria da Feira

Os meus blogs Os 22 anos de Bendita Abstinência Alcoólica e Terras rio e mar. Podem ser vistos basta que para tal escreva http://www.blogspot.com/
A minha abstinência permitiu-me contrariar os previstos seis meses de vida que ainda me restavam, criar uma família, realizar o sonho de vir a dar uma formação académica ás minhas duas filhas e compensar e partilhar com a grande heroína de toda esta história a minha esposa. Ter reaprendido a gostar de mim e ter um coração CHEIO DE AMOR PARA PARTILHAR A SOLIDARIEDADE COM AQUELES QUE SOFRERAM OU SOFREM DA MESMA DOENÇA "Alcoolismo"
Valdemar (Ferreira "O Marinheiro") Secretário da Direcção do Centro Recreativo e Cultural de Sebolido.

Associações de Doentes Alkcoólicos Recuperados (Valdemar (Ferreira "O Marinheiro")

Continuação da mensagem anterior.
Douro meu lindo e bom amigo, como sabes decidi meter a conversa do alcoolismo no Terras rio e mar,como sabes não sou contra os produtores de bebidas alcoólicas nem de quem as bebe. Sou sim totalmente solidário e empenho-me nesse combate a ajudar quem bebe excessivamente e pretende deixar de beber. Durante longos anos uma das frotas mais lindas e de gente honrada e trabalhadora navegaram nas tuas/nossas águas e este filão de lendas e exemplos são histórias de uma beldade fascinante e que jamais poderão ser esquecidas, mas quanto a mim para estar bem mentalmente, não posso descurar da minha doença e desprender-me da minha responsabilidade de ajudar nesta luta desigual que é de ajudar no combate a este flagelo mundial chamado de alcoolismo quando bebido em excessivamente que rapidamente nos torna dependentes e que no nosso País ceifa a vida a mais de oito mil pessoas, as mesmas que morreram durante todos os anos nas Guerras Coloniais. Mas amigo retomando o seguimento da conversa anterior. Recordo-me que há muitos anos num comentário a um Médico que se lamentava que todos os Doentes Alcoólicos que dele se tinha abeirado para tratamento todos tinham morrido pouco depois por não vencerem a dependência. Comentei que conhecia u amigo que tinha seis meses de vida e que tinha parado de beber havia na altura um ano. Esse amigo estava bem. Se calhar esse Médico já partiu, mas esteja ele onde estiver quero dizer-lhe que esse meu amigo que está bem e recomenda-se e que já não bebe há vinte e dois anos.
Continuação= Mas recomeçar teremos de todos os dias encontrar um reforço de gostar de nós (de mim) e que é imperioso ser-se dedicado parte do nosso tempo a ajudar os outros e ao mesmo tempo estamos a ajudar-nos a nós mesmos. Para ajudar os outros teremos de nos educar intelectualmente, que passe a constar como testamento que o que dizemos ou fazemos, que somos sempre consistente, e não como a história que se conta do Padre olha para o que eu digo não olhes para o que eu faço.
Como a mulher do César, não basta parecê-lo é preciso sê-lo. Não chega que por hipocrisia se diga que se tem as pessoas no coração, podemos mesmo gestualmente apontar para ele, mas se ele está oco e não contem um pingo de amor para dar, assim sendo apenas transmitimos mensagens desprovidas de conteúdo. Necessariamente temos de ter a noção exacta de muitas outras realidades. Basta ler Sócrates o Pai da Filosofia para nos apercebermos do perigo que representa a mediocricidade, a ambição ou o medo, por vezes são incompatíveis com os objectivos que propagandeamos e que muitas vezes ambicionaríamos ver concretizadas. Felizmente que fui vacinado contra tudo isto e este vírus tem-se mantido inoperante. Mas são situação que foram previstas e que datam desde 1836, mas que infelizmente ainda em muitos casos acontecem. Mas quando sentimos assiduamente a necessidade de partilhar com outros as nossas vidas e experiências e procuramos de formas variadas estar sempre presente em regime de total solidariedade e voluntariado junto de quem de nós esperava uma palavra ou uma ajuda mínima a nossa abstinência continuar a ganhar consistência.
Se o dia de ontem apenas serve para recordar o de amanhã nem para isso continua a ser deveras importante o dia de hoje e o hoje de todos os dias deveremos ser mais solidários e mais justos. Tive o privilégio de conhecer em Coimbra Doentes com mais anos de Abstinente que eu e isso enchem-me de coragem para continuar diariamente e um dia de cada vez a me preparar para continuar de bem comigo mesmo.
Nestes anos que já levo de Abstinente e como já estive em outras Associações conheci Doentes Abstinente que recaíram e em muitos casos as recaídas foram fatais, outros que foram elementos activos e que por este ou aquele motivo se desmotivaram. Espero que voltem porque todos somos poucos.
Fui Monitor responsável por dois Núcleos na Associação de Alcoólicos Recuperados do Concelho de Santa Maria da Feira e membro activo na Sede da Associação, era e sou Secretário da Direcção de Centro Recreativo e Cultural de Sebolido e um dos responsáveis nas Secções Recreativa , Desporto e Cultura e da feitura de um Boletim informativo e da criação de uma Mini Biblioteca, isto preenche-me tempo e dá-me a oportunidade de um convívio e receber dos meus amigos incentivos positivos. Suspendi a minha participação por entender que não existiam condições para continuar pela forma menos apropriada de que por vezes o Presidente me tratava. Desculpava-o porque compreendia que a Doença de que padece o limitaria, mas fui adiando e como só aceito desempenhar cargos de responsabilidade quando recebo tratamento apropriado, lealdade e solidariedade total, nunca aceitei nem nunca aceitarei viver de bisbilhotices. Como sempre o faço estive de alma e coração, vivi momentos inesquecíveis, tive o apoio do Presidente e de toda a Direcção. Compreendo e desculpo o Presidente pela irritabibilidade e despropósito que por vezes usou para comigo, porque infelizmente a Doença que o persegue não é fácil, não me custa nada admitir por ser verdade que é uma pedra basilar e o sustento do serviço valiosos que a Associação desenvolve, o mesmo é dizer que nada me move contra ele, mas que nestas tomadas de posição a Associação e o estarmos de bem com nós mesmos fala mais alto. Tive das surpresas mais agradáveis da minha vida e isto deu-me uma enorme alegria aos ser reconhecido pela Associação Direcção e na pessoa do Presidente a minha total dedicação e lealdade dos anos em que estive como Monitor responsável. Referi que me dedico e partilho no Centro Recreativo as minhas experiências em outras Associações, Clube de Futebol, Comissões de bem Estar, politicas e outras e isso enche-me de felicidade, poder partilhar com amigos do peito momento de enorme felicidade. Mas nunca descurarei a minha principal razão de viver, continuar a ambicionar viver abstinente 24 horas de cada vez e procurar valorizar o que penso e o que tenho aprendido. Deixar de ser Doente alcoólico dependente, trouxe a felicidade de gostar de mim, construir e amar a minha família e partilhar com os meus verdadeiros e novos amigos a minha felicidade. Na vida de um Doente Alcoólico Recuperado o melhor Euro Milhões que nos pode sair diariamente é manter a Abstinência.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Continuação .../...

A importância e em cada novo dia que entramos conseguir ainda mais gostar de nós (de mim) é imperioso que seja dedicado parte do nosso tempo livre ( porque arranjamos sempre tempos livres desde que tenhamos um dos principios fundamentais ser solidário,assim é-nos fácil poder ajudar os outros e receber como retribuição nos ajudarmos a nós mesmos.
Mas para ajudar os outros temos a necessidade premente de nos educar mentalmente e intelectualmente, registar para constar que o que dizemos ou dezemos que sfazemos ou praticamos tenha consistência. Mas tambem como no tempo dos Czares, não bastava á mulher de Cesar sê-lo tinha de parecê-lo. Nós os mais desenvolvidos temos a obrigação não de parecê-lo mas sê-lo.
Por svezes é ingratidão quando se fala em ter as pessoas no coração e apontamos para ele, mas em muitos casos ele está oco e vazio de amor e compaixão e nem um pingo de solidariedade existe. O que muitas vezes existe é sim um ódio camuflado.

Associações de Doentes Alcoólicos Recuperados (Valdemar(Ferreira "O Marinheiro")

A Vida do Doente Alcoólico para lá das Respectivas Associações.
Valdemar (Ferreira "O Marinheiro")
Quando nos é possivel recuperar tendo sido Doente Alcoólico Crónico, ter estado no fundo do poço, entrado algumas vezes em coma alcoólica e ter alucinações, manter um Bendita Abstinência Alcoólica e quando a mesma já conta com 22 anos interruptamente, algumas conclusões poderemos tirar e relatá-las para assim procurar contribuir a que outros se possam valer destas mesmas experiências e tirar delas os aproveitamentos que lhes interessar. Já que cada caso é um caso, mas muitos casos assemelham-se e acontece que inúmeras experiências repetem-se. Mas atambem é bem verdade que para se conseguir manter essa mesma abstinência, não basta num dia parar de beber, se a partir daqui apenas nos preocuparmos com o nosso umbigo.
Coisas que há que serão fundamentais; e muito provávelmente algumas das mais importantes é a de nos consciencializar que teremos de escolher uma nova vida ,e se quando mergulhamos no álcool já contamos algumas dezenas de anos vividos, teremos necessáriamente de recomeçar uma nova aprendizagem, já que nos anos em que somos dependentes a nossa mente inchada apaga muitas coisas e muitissimas outras não entram, importante admitir que temos de fazer uma nova aprendizagem, ainda se a nossa capacidade como no meu casoo pessoal estiver pçor volta dos dez por cento. Teremos de aceitar que passamos a viver num mundo civilizado e não numa sociedade irracional como a que vivemos durante a nossa dependência alcoólica. Como vão aumentando os anos de abstinência as nossas responsabilidades tambem aumentam. A partir de determinada altura somos apontados por uns como por exemplo os arautos das desgraças não se cansam de vaticinar e propagandear que a nossa paragem é por uns dias ou uns tempos, os nossos ditos Amigos bebedores do nosso stempo sempre que nos encontramou mnos ignoram ou se falam para nós é para nos falarem da sbebedeiras que conjuntamente apanhavamos á 22 anos atrás. Mas para uns e outros com o decorrer do tempo somos sempre referências positivas se defacto soubermos por actos provar que em muitos casos os Doentes alcoólicos mengtalmente não são uns falhados. Mas para manter a longividade numa abstinência é primordial que paqremos com a mentira, que em cada dia pasemos a gostar mais de nós, para assim poder gostar mais dos outros